quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Espía a Una Mujer que se Mata: A Razão Ébria


Da realidade ao sonho, e depois de volta à realidade, é nesta dicotomia onírica em que está ambientada a peça argentina Espía a Una Mujer que se Mata, pessoalmente, o melhor espetáculo que assisti até agora no FIAC, e que certamente me fará refletir ainda por um bocadinho de dias.

E é regado a muita vodka, que os atores e atrizes desenvolvem esta trama de excelente bom gosto, tecendo críticas à racionalidade teatral, a peça destila toda a passionalidade latina em torno dos desejos e sonhos amorosos dos/as personagens. 

A primeira coisa que me chamou atenção, foi a naturalidade e o grau de intimidade que as atrizes e atores tinham com seus papéis, naquele palco a verdade de tão embriagada, produziu um efeito ébrio tamanho a ponto de eu ter  mais dúvidas da minha existência, que na dos/as personagens. E o texto que de tão macio e colorido, dava vontade de comer. Saboroso ainda, ver no clímax, resquícios da tradição cigana-espanhola, algo novelesco de alta temperatura

Por fim, aqui meu protesto aos donos de celulares teimaram em aparecer em deixá-los ligados. É tão deselegante...
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