Foi falando, que o francês Cédrix Adrieux começou o seu espetáculo, que é uma autobiografia a partir de sua vivência com a dança e de seus amores.
De forma bem humorada, Andrieux narra seu encontro com a dança desde a herança afetiva legada por sua mãe, até os dias atuais, mostrando suas descobertas ao longo dos anos com a linguagem e o caminho que percorreu para o amadurecimento de sua técnica, culminando com a montagem deste espetáculo, dirigida pelo coreógrafo Jérôme Bel (seu conterrâneo).
Em Cédrix Adrieux, nome homônimo da obra, a fala assume um papel importante ligando os números de dança demonstrados pelo dançarino, que estão relacionados ao seu processo de aprendizagem de descoberta. Logo de início, fui instado a pensar que se tratava de um espetáculo beirando a comédia, mas tão logo, percebe-se que não é isso. Adrieux, não é um piadista, e tampouco ator, o hilário neste caso nasce justamente da forma irônica ou trágica com que ele apresenta os fatos e se coloca diante deles. Funcionou bastante, sem quaisquer ares de monotonia.
Entretanto, um outro espetáculo paralelo ocorreu na Sala do Coro na última noite, protagonizado pelos insistentes celulares, entre toques de chamada, desligamento e outros horrores, eu pessoalmente contei 08 intervenções que me tiraram a atenção, destas, 04 incomodaram diretamente o artista que por duas vezes parou o espetáculo para pedir gentilmente que fossem desligados os aparelhos. Ainda meti um "PQP", lá pela quarta vez em e voz alta para intimidar, mas não surtiu muito efeito.
Só posso recomendar que o FIAC possa agir de forma pedagógica com o público soteropolitano, deflagrando uma campanha urgentemente para conscientizar o público, porque apenas a vinheta sonora não tem funcionado, e o constrangimento tende a se espalhar sobretudo entre os artistas internacionais.
Pai de misericórdia! Eu ia querer me enfiar debaixo da cadeira de tanta vergonha! Não que meu celular tocaria, mas, vergonha pelos outros. Ôoooooh povo sem noção!
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