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Os atores Talis Castro e Caio Rodrigo: boas atuações que garantiram o sucesso da peça |
A passionalidade da relação entre os poetas Paul Verlaine e Arthur Rimbaud é o tema desta peça que venceu o último Prêmio Braskem de Teatro nas categorias Melhor Espetáculo Adulto e Melhor Direção. Falar de uma um espetáculo premiado é coisa complicada, porque ou já falaram tudo, ou sua crítica nada vale. Enfim... seguem alguns apontamentos nada especializados.
Em recentes entrevistas, o diretor Fernando Guerreiro (Braskenizado), tem dito que (sic) "tudo que é mostrado de forma crua e realista choca e assusta", como depoimento próprio, eu quero dizer que assistindo a Pólvora e Poesia nem me choquei, nem me assustei, passei por toda a peça com um sentimento de normalização incômoda. Não sei se sou eu mesmo o problema, que de tanto multimidializado, já não me sinto motivado ou impactado com muita coisa, mas o fato é que afora o texto que é bem construído, e a performance dos atores que seguram a temperatura das palavras de Alcides Nogueira, não consegui senti muito arrepio.
Sei lá... deve ser eu mesmo o problema... porque muito tem se falado da cena de sexo, mas quero dizer que a sequência de esforço físico quase circense, e a marcação pontualmente coreografada da cena, acenam para uma inverossimilhança que me tirou o tesão.
Dito isso, vocês podem pensar que eu não gostei da peça. Mas é o contrário, eu gostei sim, e recomendo. Acho só que seja um evento menos mítico do que se tem propalado.
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