Coalition foi o espetáculo que escolhi para findar minha odisséia no FIAC, e não poderia ter acertado mais. Da companhia (ou das companhias?) belga Tristero & Transquinquennal, a peça trás uma abordagem quase ácida de humor, à respeito das questões de segurança tomando como mote, o acidente envolvendo um avião caça soviético MIG que caindo em área habitacional, destruiu uma casa e matou um jovem rapaz civil.
Bem... acho que era a respeito disso mesmo que o espetáculo travava ;)
O início me lembrou o trabalho realizado pelo diretor/roteirista Paul Thomas Anderson, para o filme Magnólia, sobretudo com a introdução deste, que faz uma série de colagens e edições de fatos curiosamente coincidentes para alegar justamente o contrário.
Há uma concretude ostensiva em Coalition, que além de bastante imagético tem pouco texto falado, se valendo da narração através de uma legenda no telão para pontuar e indicar as ações dos atores e atriz, abordando acidentes e questões de segurança e fazendo analogias e silogismos entre tudo isso ao mesmo tempo.
Se visualmente e conceitualmente parece simples, devo dizer que depois que escrevi o parágrafo acima me de dei conta da exigência multisentido que é necessária para sorver este espetáculo, pois nada é exatamente muito explicado, e portanto é uma experiência de livre interpretação para cada espectador sem caminhos muito indicados.
Por isso me pareceu tão bom, porque não esbarra no didatismo piegas das montagens pretensiosas.
Enfim...
É um pouco tonto e ainda digerindo muita coisa, que encerro a cobertura do FIAC. Todos os textos permanecerão ainda pela próxima semana disponíveis na aba temática na página principal do blog, como mostra a figura abaixo:
 |
| Clique na Imagem para Ampliá-la |
Agradecemos a que nos acompanharam, e convidamos a continuar seguindo nosso blog.
Abraço,
Salvador PráJá!
Nenhum comentário:
Postar um comentário