quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Capitães de Areia - O Filme, Um Charme na Terra do Sol

Casal da trama, Pedro Bala e Dora,
num dos momentos de sensibilidade estética do filme


Tendo ganhado por tabela convites, fui ontem à noite assistir à estréia do filme Capitães de Areia, no Espaço Unibanco de Cinema Glauber Rocha. Foi um evento bem badalado, com a presença de muitos flashes e câmeras do Canal TeleCine.

Troquei meus convites por ingressos, e aproveitei para "roubar" um monte de jujubas e chocolates que distribuíam na entrada gratuitamente. Os ingressos, também davam direito a um combo: pipoca + refrigerante - que eu não peguei. Não como pipoca no cinema desde Missão Impossível II, quando passei meia-hora do filme tentando tirar um pedaço do milho que tinha ficado enganchado na minha gengiva. Adoro pipoca, mas desde então, somente em casa.

O filme foi exibido em todas 04 salas do Glauber Rocha, e antes de começar, a diretora, atores e produtores fizeram uma procissão pelas salas apresentando-se, numa de suas falas, a diretora agradecia aos patrocinadores, falando um pouco da dificuldade de se realizar uma produção naquelas proporções, pois nas palavras dela: nós queríamos fazer "cinemão".

E de fato, foi isso que Cecília Amado nos entregou, um FILMÃO.

Não seria demérito dizer que em grande parte, o filme se privilegia da narração extremamente concatenada, e da complexidade dos personagens imprimidas por Jorge Amado à sua obra, neste sentido, o roteiro foi muito assertivo ao traduzir para o cinema as imagens já pré-construídas pelo escritor.

Do ponto de vista da direção, o filme esbanja elegância e sensibilidade estética, não existem exageros. Havia o tempo todo naqueles meninos, um charme pulsante na tela, e  talvez seja esse o único conflito que eu tenha percebido entre roteiro e direção, muitas das coisas ditas ou dialogadas não precisavam ser, as imagens, os atores, falavam muito por si.

Eu não gosto muito de fazer comparações, mas aqui vai uma: Capitães da Areia, pelo universo que retrata da Bahia de Salvador, se comporta esteticamente de forma bastante análoga, à Cidade de Deus para o Rio de Janeiro, penso neste momento, e o tempo dirá se estou certo, que Capitães de Areia terá a mesma importância simbólica para o dito cinema baiano de Salvador, que teve Cidade de Deus para o cinema brasileiro.É um o filme muito bom!

Estréia sexta-feira nos cinemas. Vale toda a pena ir conferir. Abaixo, trailer do filme.


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